quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

AJUDA AO AEROPORTO

O deputado federal caxiense Pepe Vargas (PT) solicitou na terça-feira ao chefe da Casa Civil do governo estadual, Cézar Busatto (PPS), que dispense a licitação e adquira em caráter de urgência o aparelho de raio-x que a Anac está exigindo do Aeroporto Regional de Caxias do Sul. Caso o aparelho não seja instalado até o dia 15 de março, a Anac vai determinar a proibição de decolagens. O alerta foi feito pelo órgão no dia 15 de janeiro. Pepe também pediu ao secretário estadual de Infra-Estrutura e Logística, Daniel Andrade, que inclua o aeroporto no Programa Federal de Auxílio a Aeroportos (Profaa).
Fonte: JORNAL PIONEIRO DE 28 DE FEVEREIRO DE 2008

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

CARTAS PIONEIRO DE 27 DE FEVEREIRO DE 2008

Aeroporto
Contradizendo a declaração do engenheiro Fernando Bizarro (edição de segunda-feira), o local sugerido para a construção do novo aeroporto regional, em Vila Oliva, abriga um dos últimos exemplares de mata nativa dos campos de cima da serra, com vestígios indígenas, e pertencente à bacia de captação do Rio Guaíba. O local também abriga uma das maiores áreas produtoras de maçã do Estado, responsável por 400 empregos diretos e com reflexos na economia local.
Nelson Balardin - Caxias do Sul

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

NOVO AEROPORTO DE CAXIAS - Por MANSUETO DE CASTRO SERAFINI FILHO (Ex-Prefeito de Caxias do Sul) - NOV 2007

Onde deve ser localizado o novo aeroporto de Caxias? Em Vila Oliva? Entre Caxias e Bento Gonçalves? É um assunto que está provocando intensos debates entre os que defendem uma ou outra localização. Hoje vou pedir licença aos meus poucos leitores para entrar no debate. Vou sugerir estudos para outra localização para o aeroporto. Mais próxima de Caxias. Mais próxima de Bento Gonçalves, de Farroupilha, de Flores da Cunha, de Antônio Prado e outras cidades da região. É uma idéia antiga. Data de 1981 e 1982. De 25 anos atrás. Naquela época já se falava em uma nova localização para o aeroporto. Dizia-se, como se pode repetir hoje, que o atual aeroporto está mal localizado. Está numa zona densamente povoada, o que provoca seguidas e perigosas travessias de sua pista por moradores vizinhos, principalmente crianças. Isto sem falar que a localização atual está sujeita a freqüentes neblinas, fato que obriga as aeronaves transferirem os seus pousos para o Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre. Muitos afirmam que a área do aeroporto é a primeira na zona urbana de Caxias a ser coberta por neblina. Várias vezes, nós próprios constatamos que aquela área era coberta por intensa neblina e o restante da cidade não. Em face desta realidade, em nosso primeiro mandato como prefeito, (1977/1982), baseado em estudos preliminares, optamos por estudar a transferência do aeroporto para a localidade de S. Gotardo, no vizinho município de Flores da Cunha. Um local bem próximo de Caxias e da grande maioria dos municípios da região. Mais perto do que Vila Oliva. E com acesso já pavimentado (Estrada Caxias/Flores da Cunha). Nossa idéia era lotear a área do atual aeroporto e, com os recursos obtidos, construir um dos mais modernos aeroportos do país. E, o que era importante, sem gastar um centavo dos recursos orçamentários do Município. Ao contrário, segundo levantamentos feitos na época, sobraria dinheiro para outros empreendimentos municipais. A desapropriação da área em S. Gotardo ficaria ao encargo do Município de Flores da Cunha. Para tanto, já havíamos mantido contatos com o então dinâmico prefeito florense, Cláudio Bedin, que via com simpatia a idéia. Pretendíamos, com a colaboração do então Ministério da Aeronáutica, realizar estudos sobre a viabilidade técnica e econômica do empreendimento. Entretanto, a idéia da transferência provocou reações em alguns setores da comunidade. Lideranças locais, que tinham grande influência junto às autoridades federais e estaduais, passaram a tripudiar a iniciativa. A campanha contra o novo aeroporto foi intensa. Os argumentos eram de que S.Gotardo não ficava no Município de Caxias. Que o local era distante da cidade, etc. Argumentos falhos e sem sentido. Isto porque aeroportos de várias cidades importantes do país ficam localizados em outros municípios. Como exemplos podemos citar o Aeroporto de Curitiba, que fica no município de S. José dos Pinhais e o Aeroporto Internacional de S.Paulo, que fica na cidade de Guarulhos. Já a distância entre Caxias e S.Gotardo é de pouco mais de que 10 km. As autoridades federais, que viam inicialmente a idéia com bons olhos, retiraram misteriosamente o seu apoio. E, assim, a idéia ficou inviabilizada. Forças políticas locais, mais uma vez, por ciúmes ou outras razões, agiram contra os interesses de Caxias do Sul. Pouco depois terminou a nossa gestão como prefeito. Assumiu uma nova administração, que não mostrou interesse pela idéia. Ao contrário, defendeu melhorias no atual aeroporto. Melhorias que foram realizadas, em parceria com o Governo do Estado, em várias administrações que se seguiram, inclusive na nossa segunda gestão como prefeito, (1989/1992). O Aeroporto ganhou algumas melhorias, tais como equipamentos para a segurança dos vôos, ampliação do Terminal de Passageiros, Estação de Bombeiros, etc. Atualmente, mesmo com todas as suas deficiências, o Aeroporto Regional de Caxias do Sul é o mais movimentado do interior do Estado. Tem várias linhas regulares para São Paulo. Mas hoje, como ontem, já se chegou à conclusão de que Caxias necessita de um novo aeroporto. Melhor localizado. Livre dos freqüentes “fechamentos” em virtude da neblina. E nós continuamos entendendo que a melhor localização seria a área de São Gotardo. Não somos técnicos no assunto e, em função disto, gostaríamos de ouvir autoridades sobre a viabilidade técnica do local aqui sugerido. Enfim, aqui fica, mais uma vez, a sugestão para ser analisada e discutida com a comunidade. Mas sem o injustificado bairrismo de alguns caxienses...
Fonte: Gazeta de Caxias - nov.2007

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

BAIRRISMO PREJUDICIAL

Apesar das sinalizações de órgãos federais, como a Anac, de que o novo aeroporto regional será mesmo em Vila Oliva, distrito de Caxias do Sul, por conta de fatores técnicos, a definição do local é motivo de discórdia na Serra. Em Bento Gonçalves, cresce o movimento contrário à instalação do aeroporto em Vila Oliva. Um documento nessa direção foi elaborado pelo empresariado local e circula com rapidez por cidades vizinhas, como Farroupilha e Garibaldi. A intenção é fazer com que esse documento chegue às mãos do ministro da Defesa, Nelson Jobim, quando ele vier à região debater o assunto, em março ou abril. Lideranças políticas e empresarias desses municípios entendem que o melhor local para a instalação do novo aeroporto é a localidade de Mato Perso, entre Farroupilha e Flores da Cunha. Em Canela, também há políticos gritando contra o aeroporto em Vila Oliva. Querem o equipamento na região das Hortênsias. Na semana passada, o local do novo aeroporto também foi tema de debates na Câmara de Caxias do Sul. Vários parlamentares ressaltaram a necessidade de que a questão seja resolvida por meio de um parecer técnico, sem bairrismos. Como será impossível agradar a todos, a viabilidade técnica precisa ser o fator principal para definir o local do novo aeroporto. Se o bairrismo imperar, a região corre o risco de perder um investimento de R$ 100 milhões já previsto pela União. Se isso ocorrer, toda a região perderá.
Fonte: JORNAL PIONEIRO DE 25 DE FEVEREIRO DE 2008

ÁREA É VILA OLIVA

A melhoria do transporte aéreo de passageiros e de cargas da Serra vive um momento de dualidade. Embora o governo federal tenha R$ 100 milhões em seu orçamento para investir em um novo terminal, entre as lideranças da região não há consenso sobre a localização do novo aeroporto. À parte os interesses de um e outro município, recentes estudos técnicos do Departamento Aeroportuário do Estado (DAP), da Anac e do Cindacta II apontam que a área ideal é a de Vila Oliva, no interior de Caxias do Sul.
NÁDIA DE TONI
Caxias do Sul - Há quase duas décadas, a construção de um novo aeroporto na Serra não consegue decolar. O principal entrave é quanto à área que receberia o terminal, destinado a atender passageiros de rotas domésticas e internacionais e realizar transporte de cargas em grande escala. As cidades de Canela, Caxias do Sul e Farroupilha brigam para sediar a obra, tanto que se chegou a cogitar que dois aeroportos seriam erguidos: um na Fazenda do Ipê, voltado à demanda de turistas da Região das Hortênsias, e outro em Vila Oliva, distrito de Caxias, para atender mais ao pólo industrial. Se esse sonho de políticos e empresários fosse possível, a Serra galgaria uma posição mais que privilegiada, com novos aeroportos a apenas 20 quilômetros de distância em linha reta. Entretanto, esse desejo, que custaria pelo menos R$ 120 milhões, não deve se tornar real. Pareceres técnicos emitidos recentemente pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pelo Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II) defendem que somente o terreno de Vila Oliva, com 445 hectares, seria viável para investimentos. O Departamento Aeroportuário do Estado (DAP) também chegou a essa conclusão. Semana passada, havia a esperança de que o debate sobre a localização do aeroporto avançasse, durante uma reunião temática com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias. Entretanto, devido a outros compromissos, Jobim cancelou o encontro. Não há previsão de novo agendamento. - O que existe de concreto até agora é o nosso estudo, que sugere escolher o sítio aeroportuário de Caxias e abortar o projeto de um aeroporto nas Hortênsias, porque haveria confronto de tráfego - revela Roberto Carvalho Netto, gerente da Anac para a Região Sul. Área de campo, as terras de Vila Oliva teriam condições para abrigar um aeroporto com pista de 3 a 4 mil metros de extensão (o atual aeroporto de Caxias tem pista de 2 mil metros) e capacidade para operar com cargueiros como um Boeing 747-300. Outro diferencial é que o licenciamento ambiental da área seria facilitado, segundo o engenheiro Fernando Cavalcanti Bizarro, do DAP, porque não existe floresta nativa, apenas vegetação rasteira e pomares. O mais recente Plano Diretor de Caxias, aprovado em 2007, prevê o destino daquela área para um aeroporto. A área sugerida na comunidade de Mato Perso, em Farroupilha, estaria descartada tecnicamente por abrigar uma bacia de captação, ser acidentada, ficar próxima à região com moradias e ainda haver obstáculos aéreos, como a Igreja de Nossa Senhora de Caravaggio, explica Bizarro. Nas terras farroupilhenses, a pista poderia ter no máximo 2,4 mil metros. Já em Canela, onde o projeto se arrasta desde 1989, o maior empecilho seria ambiental, uma vez que 51% da área é de floresta pinus e 4,72% de mata nativa. Nem o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na esfera federal, nem a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) querem se responsabilizar pelo licenciamento, e o caso é discutido na Justiça Federal desde 1999. Entretanto, a opção por Vila Oliva excluiria a obra em Canela, lembra Sérgio Sparta, diretor do DAP. Discussões - Com a preferência por Caxias, são previsíveis novos embates entre políticos e empresários da região. Ainda em 15 de dezembro de 2006, o engenheiro Bizarro, então diretor do DAP, assinou parecer positivo para construção do aeroporto na área de Vila Oliva. Várias reuniões se sucederam em CICs e Câmaras de Vereadores e, apesar da avaliação técnica, não houve consenso nem avanços. O ex-presidente da Anac, Milton Zuanazzi, participou de alguns desses encontros e, pressionado, em vez de se posicionar a partir dos dados técnicos preferiu determinar a reavaliação de áreas pelo órgão, conforme revela uma fonte da Anac. Assim, tudo ficou como estava. Com a área confirmada, uma grande empreitada viria pela frente: desapropriação das terras (no caso de Vila Oliva,13 famílias), elaboração de projeto e captação de recursos. Esse último item já estaria assegurado, uma vez que no início do ano a bancada gaúcha no Congresso Nacional, formada por 31 deputados e três senadores, conseguiu aprovar uma emenda de R$ 100 milhões no Plano Plurianual do governo federal (2008-2011 ) para o aeroporto. Esse dinheiro é certo, só que para vir é preciso existir uma área definida e um projeto. - Seja qual for a cidade beneficiada, tem de haver uma decisão para que possamos prever avanços. Uma região próspera como a nossa precisa de um aeroporto maior e mais equipado - opina Milton Corlatti, presidente da CIC de Caxias.
Plano de expansão
A construção de um novo aeroporto em Caxias do Sul faz parte do Plano Aeroviário do Estado (PARGS) 2003-2022. A obra também foi aprovada, em 2003, pelo estudo sobre Desenvolvimento Regional e Logística de Transportes do Rio Grande do Sul, o Rumos 2015. Equipe de técnicos da Anac esteve na área de Vila Oliva, de 17 a 20 de julho de 2007, e deu parecer favorável ao terreno juntamente com técnicos do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II). Em setembro do ano passado, um novo estudo foi realizado na área pelos mesmos órgãos, comprovando a tese do primeiro.
SAIBA MAIS
O ATUAL AEROPORTO DE CAXIAS

- Onde fica: bairro Salgado Filho, zona sul, a 4 quilômetros do centro de Caxias
- Dimensões do terreno: 56 hectares
- Aeronaves que podem operar: Boeing 737-500 (144 passageiros) Fokker F-100 (108 passageiros) e Airbus A 320 (176 passageiros)
- Pista: 2 mil metros de extensão e 30 metros de largura
- Terminal de passageiros: 1,8 mil metros quadrados
- Pátio de estacionamento de aeronaves: 1,3 mil metros quadrados
- Altitude considerada: 754 metros
- Movimento médio de passageiros: 120 mil ao ano
PRÉ-PROJETO DE VILA OLIVA
- Onde fica: imediações da Fazenda Tabela, a 34 quilômetros do centro de Caxias
- Características: área de campo, com vegetação rasteira, além de pomares
- Dimensões do terreno: 445,529 hectares, de propriedade de 13 famílias
- Aeronaves do pré-projeto: Boeing 767-300 ER (entre 200 e 300 passageiros) e Boeing 747-300 (cargueiro)
- Capacidade da pista: 3 mil metros de extensão e 45 metros de largura
- Terminal de passageiros: 4 mil metros quadrados
- Pátio de estacionamento de aeronaves: 20 mil metros quadrados
- Terminal de cargas: 6 mil metros quadrados
- Altitude considerada: 900 metros. A infra-estrutura prevista possibilita vôos da Serra para a América do Norte, África e Europa
- Estimativa de demanda de passageiros: 600 mil ao ano
CUSTOS ESTIMADOS
- Desapropriações: R$ 2,394 milhões
- Estudos: R$ 250 mil
- Projetos: R$ 1,6 milhão
- Obras: R$ 100 milhões
NOVO AEROPORTO EM VACARIA
Há dois anos, as obras do aeroporto regional de cargas de Vacaria estão paralisadas. No final de 2007, a Anac repassou ao Estado R$ 1,68 milhão para a retomada dos trabalhos, mas os recursos ainda não chegaram ao município. A verba seria utilizada para finalização da terraplanagem, pavimentação e drenagem da pista de pouso.
O custo total do projeto do aeroporto é de R$ 25 milhões, sendo que R$ 6 milhões já foram investidos no terminal antes do rompimento do contrato entre a construtora responsável e o governo, no final de 2005. A empresa abandonou a obra devido a desentendimentos com o Estado. O aeroporto será utilizado para escoamento da produção agrícola dos Campos de Cima da Serra. A previsão é de que seja inaugurado em cinco anos
O p i n i õ e s
"A Serra precisa de uma plataforma logística integrada a um aeroporto. Não basta ter um novo aeroporto só para passageiros e cargas específicas. É preciso traçar um projeto que integre também carga rodoviária, porto seco e ferrovia, e beneficie toda a região, não apenas os interesses de uma localidade. Hoje, no entanto, o Estado está concentrado em melhorar o que já existe, porque o sistema de logística gaúcho é deficitário. Cometeríamos um erro estratégico se partíssemos para novos investimentos sem antes duplicar as já saturadas rodovias, por exemplo".
Daniel Andrade
Secretário Estadual de Infra-estrutura e Logística (ligado ao DAP)


"O Rio Grande do Sul precisa de um segundo aeroporto internacional, além do Salgado Filho, e a região de Caxias é a alternativa. Não podemos pensar pequeno. Canela tem que ter seu novo aeroporto com características específicas para a demanda turística. E a região de Caxias e dos Vinhedos necessita de um aeroporto também para transporte de cargas, de porte internacional. Seria ótimo ter um cenário que permitisse fazer apenas um aeroporto, mas esse cenário não existe. Temos que realizar duas obras. Novos estudos para identificar as áreas certas devem ser feitos."
Gilberto Pepe Vargas (PT)
Deputado federal, autor da emenda coletiva que garantiu R$ 100 milhões no Plano Plurianual do governo Federal para o aeroporto


"O jogo de empurra-empurra entre Fepam e Ibama ainda não terminou, mas Canela vai continuar lutando para sediar um aeroporto. Só vamos nos conformar em não receber a obra se for inviável tecnicamente. O aeroporto seria de extrema importância para a Região das Hortênsias porque atrairia mais turistas de mais regiões do país."
Carmen Seibt de Moraes (PP)- Prefeita em exercício de Canela




"Defendemos um novo aeroporto mais central para atender a região dos Vinhedos, mas sabemos que a topografia e as questões ambientais da região estudada em Mato Perso, área que conheço muito bem, podem inviabilizar a obra, e ficaríamos discutindo o projeto mais 50 anos. O importante é que o investimento venha para a Serra logo. Não vamos conflitar politicamente informações técnicas."
Bolivar Pasqual (PMDB) - Prefeito de Farroupilha




"Temos a convicção de que Vila Oliva é a melhor área para um novo aeroporto regional, tanto que em 2007 aprovamos no Plano Diretor de Caxias a preservação daquelas terras como sítio aeroportuário. Não somos bairristas, os levantamentos técnicos é que são favoráveis à obra no local, consideradas questões topográficas, ambientais e extensão. É importante que a região se una para tornar esse aeroporto uma realidade. Um dia perdido em discussões representa um mês de atrasos na execução do projeto."
José Ivo Sartori (PMDB) - Prefeito de Caxias do Sul



"Somos favoráveis que o novo aeroporto atenda aos anseios e necessidades de toda a região, não de uma cidade somente. É preciso unir questões técnicas e estratégicas. Se o aeroporto ficar a 70, 80 quilômetros da cidade (caso da área em Vila Oliva) talvez seja mais viável às empresas de Bento continuar realizando transporte de cargas via Porto Alegre. Um aeroporto muito distante da maioria das cidades da Serra acabaria sem demanda."
Alcindo Gabrielli (PMDB) - Prefeito de Bento Gonçalves
Fonte: JORNAL PIONEIRO DE 25 DE FEVEREIRO DE 2008

ATUAL AEROPORTO ESTÁ COM A CAPACIDADE ESGOTADA

A reivindicação da Serra por um novo aeródromo tem fundamento. O atual aeroporto de Caxias do Sul, o Hugo Cantergiani, está com a capacidade de expansão esgotada. Diariamente, operam apenas três vôos de e para São Paulo, com média de 12 mil embarques e desembarques ao mês. O transporte de mercadorias é pequeno: menos de uma tonelada por dia. A procura poderia ser maior se houvessem mais vôos e melhor infra-estrutura para cargas, acredita Milton Corlatti, presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias. Hoje, 40% dos caxienses que viajam de avião preferem embarcar no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, distante 130 quilômetros, devido às opções de horários e destinos, e também porque, não raro, o aeroporto serrano fecha por conta de neblina. As empresas da região também fazem opção pela Capital.Levantamento da CIC revela que 100 toneladas de produtos da cidade são embarcados todos os meses no Salgado Filho, sendo 60% para o Exterior (em Caxias não há Alfândega).Contra o Hugo Cantergiani pesam ainda o fechamento temporário, em novembro passado, devido à falta de um caminhão de bombeiros, e a recente notificação da Anac para que seja instalado um aparelho de raio-x e um detector de metais para fiscalização de bagagens e passageiros. O aeroporto tem até 15 de março para se adequar. Caso contrário, será proibido de vender passagens, ficando aberto apenas para pousos.
Fonte: JORNAL PIONEIRO DE 25 DE FEVEREIRO DE 2008

AS DEMANDAS DE HOJE

Um aeroporto com ampla infra-estrutura é um sonho antigo. Mas, afinal, qual a demanda da Serra por serviços aeroportuários? Hoje, 85% das cargas são transportadas por estradas, apenas 2% por via aérea. Com 29 anos de experiência em aviação, uma fonte caxiense afirma que bastaria ampliar os vôos do atual aeroporto para satisfazer as necessidades locais.- A maior produção industrial da Serra é escoada por terra e mar, meios mais baratos. Essa realidade não vai mudar. Um novo aeroporto, mesmo com cargueiros, não teria grande demanda, principalmente se houvesse poucos horários. Quanto ao transporte de passageiros, hoje muitas pessoas optam por embarcar no Salgado Filho em vez de depender dos três horários de Caxias. Se a oferta de vôos não aumentasse muito, as pessoas continuariam se deslocando à Capital - analisa. Há 13 anos agenciando cargas aéreas, o empresário Fernando Verza tem a mesma opinião. - Mensalmente, agencio 15 toneladas de mercadorias de Caxias com saída do Salgado Filho. São entregas de urgência. As empresas só utilizam o serviço quando não há outra alternativa. Se um novo aeroporto não tivesse cargueiros diariamente, continuaríamos usando o Salgado Filho - afirma. Hoje, 100 toneladas de produtos saídos de Caxias são despachados no aeroporto da Capital todos os meses. No Hugo Cantergiani são outras 25 toneladas por mês. Essa quantidade, que não considera a produção das demais cidades da Serra, é pequena, se comparada à movimentação do Salgado Filho, 1,5 mil toneladas de carga exportada ao mês e outras 900 toneladas de importações ao mês.Diretores dos dois maiores grupos empresariais de Caxias confirmam que a demanda por serviços de carga aérea não é grande. Erino Tonon, diretor de operações das empresas Randon, diz que apenas 10% dos 250 milhões de dólares de produtos exportados e 50 milhões de importações anuais passam por aeroportos. Milton Susin, diretor de logística e aquisição da Marcopolo, conta que o transporte aéreo é utilizado apenas como uma espécie de Sedex.As empresas da Serra que mais utilizam transporte aéreo são aquelas que exportam e fabricam produtos de pequeno porte, como plásticos, madeira e peças de metal.
Fonte: Jornal Pioneiro de 25 de fevereiro de 2008

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Vereador acredita que é preciso unificar a região em torno do assunto.

Reportagem: Rádio Caxias 930 AM
Documento elaborado por empresários de Bento Gonçalves desagrada vereador caxiense.
O presidente da Câmara, vereador Elói Frizzo, tomou conhecimento de um documento produzido pela CIC de Bento que busca direcionar a definição do novo aeroporto para a localidade de Mato Perso, na divisa entre Caxias e Farroupilha. O documento traz os nomes de prefeitos, vereadores e empresários de diversas cidades da região que seriam, supostamente, favoráveis à troca. Frizzo acredita que é preciso unificar a região em torno do assunto para que o projeto do novo aeroporto seja concretizado. Ele destaca que não se deve usar o nome de lideranças políticas em torno de interesses particulares. O vereador disse ainda que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, deve vir a Caxias participar de uma audiência pública ainda no mês de março. Os trabalhos para a definição do projeto precisam ser concluídos logo, já que a bancada gaúcha no Congresso Nacional aprovou uma emenda que libera R$ 100 milhões de reais do plano plurianual do governo federal. A Comissão Especial Temporária para a construção do novo Aeroporto de Caxias do Sul já teve os vereadores nomeados pelas bancadas e na próxima terça-feira devem ser definidas as funções de cada integrante.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

COMUNICADO IMPORTANTE: NELSON JOBIM CANCELA VINDA A CAXIAS DO SUL

Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC - 18/2/2008
A Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) informa que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, cancelou sua vinda a Caxias do Sul. Em conseqüência, a reunião-almoço que seria realizada na próxima sexta-feira (22) foi cancelada, como também foi cancelada a audiência pública na Câmara de Vereadores e os demais compromissos agendados pelo ministro. Aproveitamos para comunicar também que o calendário das reuniões-almoço da CIC será retomado no dia 3 de março.
Atenciosamente,
Milton Corlatti Presidente da CIC

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Parlamentares discutem local onde deve ser instalado novo aeroporto regional

Fonte: Câmara Municipal de Caxias do Sul - Assessoria de Imprensa
Na Sessão Ordinária, desta quarta-feira (20), o Vereador Getulio Demori/PP ocupou a tribuna para falar sobre a construção do novo aeroporto regional. O parlamentar apontou alguns dados técnicos que foram discutidos em uma audiência pública, em setembro de 2005, quando Demori era presidente da Comissão de Obras da Câmara. Na ocasião esteve presente o então diretor do Departamento Aeroportuário do Estado, Fernando Cavalcanti Bizarro.
Demori lembrou que, na época, o governo do Estado havia solicitado a realização de estudos sobre a viabilidade de construção de um aeroporto na região, especialmente para transporte de carga aérea de rota internacional. O Vereador recordou ainda algumas pontuações sobre o local que deveria ser escolhido para a construção do aeroporto. “A área de Vila Oliva tem a desvantagem de estar fora do eixo da demanda, mas apresenta as vantagens de uma topografia mais favorável. A de Mato Perso é bem acidentada, porém as desapropriações seriam mais em conta, pois a área não apresenta maior problema com a existência de habitações”, relatou.
O Vereador acrescentou que é urgente se definir o local para construção do novo aeroporto. “Será necessário um tempo razoável diante da grandeza da obra e, por isso, mais uma razão para que haja uma urgente definição”, declarou.
O presidente da Câmara, Vereador Elói Frizzo/PSB, acredita que a escolha do local deve ser feita levando em conta os aspectos técnicos. “O aeroporto interessa à economia da região e da nossa cidade, independentemente do local onde seja instalado”, reforçou. Frizzo informou ainda que uma nova audiência pública sobre o assunto deve ocorrer ainda em março, com a presença do Ministro da Defesa, Nelson Jobim.
Para o Vereador Alfredo Tatto/PT o local mais indicado para a instalação do aeroporto seria Mato Perso, mas ele não é favorável à disputa das cidades pela obra. “Se começarmos com esse embate entre as cidades, não iremos conseguir nada, além da ida dos recursos para outros projetos”, expôs.
O Vereador Francisco Spiandorello/PSDB alertou que a questão não pode ser colocada a nível de bairrismo. “O estudo técnico é fundamental, mas a escolha do local sempre é uma decisão política”, informou ainda.
Getulio Demori finalizou dizendo: “Temos que torcer para que a nossa região possa debater e chegar à conclusão que seja um local indicado, e que não haja uma disputa que possa inviabilizar o nosso aeroporto regional”.

JORNAL GAZETA DE CAXIAS EM 18 DE FEVEREIRO DE 2008

Ministro Nelson Jobim suspende vinda a Caxias, nesta sexta, dia 22.
Por volta das 10h da manhã desta segunda-feira, o Ministro da Defesa Nelson Jobim, telefonou para o prefeito José Ivo Sartori (PMDB) para comunicar que, “por motivos de força maior” ele não poderá vir a Caxias, nesta sexta-feira, dia 22, para tratar do novo aeroporto regional. Jobim alegou que, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele deverá permanecer em Brasília para cumprir uma agenda de assuntos importantes de sua pasta. Ficou acertado que, em data ainda não definida, ele deverá vir a Caxias.
A presença de Jobim, no dia 22 serviria, também, para a Câmara de Industria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC), realizar sua primeira reunião almoço de 2008. O Ministro da Defesa abordaria, com autoridades, empresários e políticos, a localização do novo Aeroporto Regional. Jobim estaria também na Câmara de Vereadores em uma audiência pública para tratar do novo Aeroporto. Atualmente, dois locais estão habilitados. São eles, Vila Oliva, interior de Caxias, e Mato Perso, interior de Farroupilha. Os primeiros estudos técnicos apontam Vila Oliva com as melhores condições técnicas.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

JORNAL PIONEIRO DE 19 DE FEVEREIRO DE 2008

Jobim também não vem
Depois do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) suspender a vinda à abertura da Festa da Uva 2008, ontem foi a vez do ministro da Defesa, Nelson Jobim, cancelar a visita que faria a Caxias do Sul na próxima sexta-feira. Por conta do cancelamento, a Câmara de Vereadores adiou a audiência pública que faria na sexta para debater a implantação do novo aeroporto regional da Serra. A Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias também foi pega no contrapé e cancelou a reunião-almoço que faria com o ministro no mesmo dia. - Vamos tentar uma nova agenda, talvez ainda durante a Festa da Uva - informa o presidente da Câmara, vereador Edio Elói Frizzo (PSB). O presidente da CIC, Milton Corlatti, lamentou o cancelamento. Porém, garante que Jobim virá a Caxias em breve. - Só falta confirmar a data. Ele vem - garante Corlatti. Jobim teria cancelado a viagem a Caxias porque irá à Argentina com o presidente Lula. Como não voltaria a tempo, teria decidido adiar a vinda à Serra. Segundo a assessoria do ministro, há possibilidade de que a viagem a Caxias seja reagendada para abril ou maio.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

NOVA DIRETORIA DA CIC FOI AO PALÁCIO PIRATINI

Convite à governadora
A nova diretoria da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul foi recebida na tarde de ontem, no Palácio Piratini, pela governadora Yeda Crusius (PSDB). De acordo com o presidente da CIC, Milton Corlatti (à direita na foto), a nova gestão foi se apresentar e agradecer o esforço de Yeda para a conclusão da Rota do Sol, bandeira histórica da entidade. A CIC também aproveitou para convidar a tucana a participar da reunião-almoço do próximo dia 22, cujo palestrante será o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Yeda não chegou a garantir presença no encontro no qual o principal tema será a construção do novo aeroporto regional, mas Corlatti disse que ela vê a iniciativa com simpatia.
- Também pedimos à governadora para que ela dê uma olhadinha aqui no nosso atual aeroporto, para que não deixe ele fechar por causa da falta desses equipamentos que a Anac pediu. Ela nos atendeu superbem - relata Corlatti.
Pedido de prorrogação
Depois da má repercussão da ameaça de proibição da venda de passagens no aeroporto de Caxias do Sul, feita pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Departamento Aeroportuário do Estado (DAP) reagiu. O diretor do DAP, Sérgio Sparta, informou ontem ao Mirante que pediu à Anac uma prorrogação do prazo para que a aeroporto possa fazer as adequações exigidas. A Anac exige que o aeroporto de Caxias instale um aparelho de raio-x e um detector de metais, além de designar um funcionário para a operação dos aparelhos. A notificação sobre o problema foi feita pelo órgão em 15 de janeiro, e o aeroporto teria até o dia 15 de março para resolvê-lo.- Como vamos fazer reformas no aeroporto nos próximos meses exatamente para resolver essas pendências, pedi à Anac um prazo maior, pelo menos até o fim do ano. Creio que não haverá problemas - diz Sparta. No fim de janeiro, o Estado anunciou um investimento de R$ 1 milhão para reformar o terminal do aeroporto caxiense.
Fonte: JORNAL PIONEIRO DE 15 DE FEVEREIRO DE 2008

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

NOTÍCIA SOBRE O ATUAL AEROPORTO DE CAXIAS DO SUL - JORNAL PIONEIRO DE 14 DE FEVEREIRO DE 2008

Stefan Ligocki - 14/02/2008
Nova ameaça ao aeroporto
Depois do vergonhoso fechamento temporário por conta da falta de um caminhão de bombeiros, no mês de novembro, o Aeroporto Regional de Caxias do Sul corre o risco de passar por outra situação vexatória. No dia 15 de janeiro, o aeroporto foi notificado pela Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) para fazer adequações, como a instalação de um aparelho de raio-x para fiscalização das bagagens e de um detector de metais manual. Além disso, a Anac ordenou que o aeroporto contrate um especialista para operar os equipamentos. Se não regularizar a situação até o dia 15 de março, o aeroporto será proibido de vender passagens aéreas. Ou seja, estará aberto apenas para pousos. De acordo com o administrador do aeroporto, Gilberto Madalosso, as necessidades apontadas pela Anac foram constatadas ainda em 2004 por uma comissão técnica do aeroporto. As demandas foram repassadas ao Departamento Aeroportuário do Estado (DAP), que não deu resposta até hoje. A coluna apurou que a prefeitura está tentando regularizar a situação junto ao Estado, mas ainda não teve uma resposta definitiva. Ontem, a coluna tentou falar com o diretor do DAP, Sérgio Sparta, mas ele não retornou as ligações.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

JORNAL PIONEIRO DE 12 DE FEVEREIRO DE 2008 - CANELA ESTÁ NA BRIGA

Apesar das dificuldades para obter uma licença ambiental para a construção do Aeroporto das Hortênsias, a prefeitura de Canela não desanima. Pelo contrário. A cidade vai lutar até o fim pelo aeroporto. É o que deixou bem claro ontem a prefeita em exercício de Canela, Carmen Lúcia de Moraes (PP). Na semana passada, ela foi informada de uma sentença da Justiça Federal de Caxias do Sul de que a prefeitura de Canela terá de pedir nova licença ao Ibama - uma licença anterior, concedida pela Fepam, foi considerada ilegal.
- É mais um capítulo dessa história. Mas enquanto não nos disserem não, nós vamos tentando, avisa Carmen. A insistência de Canela bate de frente com os interesses de líderes políticos e empresariais da região que querem a instalação do novo aeroporto regional em Vila Oliva, distrito de Caxias. Um dos dois projetos de aeoportos terá de ser arquivado. Segundo o gerente regional da Anac para a Região Sul, Roberto Carvalho Netto, estudos apontam a inviabilidade técnica de dois aeroportos tão próximos um do outro.
- Há o problema do conflito de tráfego aéreo. As lideranças da região precisam decidir qual aeroporto vai ficar, alerta.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

JORNAL PIONEIRO DE 08 DE FEVEREIRO DE 2008

Aeroporto...
Na noite de quarta-feira, na primeira sessão ordinária do ano, a Câmara de Vereadores de Caxias do Sul aprovou a criação da Comissão Especial Temporária do Novo Aeroporto. A iniciativa confirma a anunciada intenção do novo presidente da Casa, Edio Elói Frizzo (PSB), de a Câmara apostar todas as fichas em 2008 na luta pela implantação do novo aeroporto. Na justificativa de criação, os parlamentares sustentam que pouco importa a localização do novo aeroporto, o importante é que ele seja implantado logo para desenvolver a região. A Câmara garante que os critérios técnicos prevalecerão sobre as "paixões políticas e/ou particulares".
...em pauta
O debate em torno do melhor local para receber o novo aeroporto da Serra terá o seu ápice no próximo dia 22, às 14h, quando a Câmara de Caxias vai sediar uma audiência pública sobre o tema. O encontro já tem a participação confirmada do ministro da Defesa, Nelson Jobim. Lideranças políticas e empresariais da região também devem marcar presença para enriquecer a discussão. Como ainda não há consenso sobre o melhor local, a audiência será imperdível.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Vereadores criam Comissão Especial para acompanhar a definição do local e a construção do novo aeroporto

Foto: Siliane Vieira
A Câmara de Vereadores aprovou, nesta quarta-feira (06.02.08), o requerimento de autoria da Mesa Diretora requerendo a criação da Comissão Especial Temporária do Novo Aeroporto a ser instalado na serra gaúcha. A comissão vai acompanhar todas as discussões sobre o melhor local para a instalação e construção do aeroporto, que tem o objetivo de atender toda a comunidade regional. A seguir descreveremos a principal argumentação constante do requerimento que serve para justificar a criação da referida comissão.
Estudos e discussões a respeito do aeroporto para a serra vêm acontecendo há muitos anos, pois o atual aeroporto de Caxias do Sul há muito já não atende à necessidade de deslocamentos para outras partes do país, a estrutura para cargas é extremamente insatisfatória e, pelo fato de estar incrustado na zona urbana, não tem possibilidade de expansão.
Nossa cidade cresceu e tornou-se uma metrópole, e muitos outros municípios da serra gaúcha dependem da iniciativa das autoridades caxienses para que soluções aconteçam em suas próprias cidades.
A tradição tem demonstrado que as articulações políticas, bem como as técnicas, precisam acontecer de forma permanente para que qualquer empreendimento público aconteça, o que é do interesse de todos os cidadãos. A Rota do Sol é um exemplo de integração de classes; lutaram de forma individual, mas houve a integração para que a estrada acontecesse. E recentemente aconteceu.
Sem dúvida nenhuma, a construção de um novo aeroporto para Caxias do Sul e para a serra gaúcha é necessária. Qual o melhor local? Como o aeroporto irá atender a região? Estará localizado no leste ou no oeste? Pouco importa. O que queremos, mesmo, é que o empreendimento realmente aconteça e possa contribuir com o processo de desenvolvimento de nossa região. As dúvidas serão sanadas de forma técnica, isentas de paixões políticas e/ou particulares. O coletivo regional precisa ser atendido. Se houver dificuldades para atender esta ou aquela região, precisaremos gestionar para que outros equipamentos possam ser construídos. A Câmara de Caxias do Sul não pode ficar apenas na figuração da história, na tangência dos acontecimentos; ela precisa ter a atuação principal nas discussões e em todos os acontecimentos no decorrer do processo de definição de áreas, da forma de atendimento, dos prestadores de serviços, mas, principalmente, na concretização física do grande empreendimento que será o novo aeroporto da serra gaúcha, a ser instalado num futuro próximo em nossa região.
O requerimento foi aprovado pela unanimidade dos vereadores. A comissão será instalada nos próximos dias e será mantida até o momento da inauguração da obra.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

JORNAL DE CANELA - ANO XXIII - EDIÇÃO Nº 1242 DE 06/02/08: Determinação Judicial proíbe obras do Aeroporto em Canela

Por determinação da Justiça Federal de Caxias do Sul está suspensa a execução de qualquer obra no Aeroporto Regional das Hortênsias. A sentença foi dada pelo juiz federal Osório Ávila Neto, na segunda-feira (14), e proíbe ainda a expedição de licenças em relação ao projeto do aeroporto por parte da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Em 2002, o Ministério Público Federal de Caxias do Sul entrou com uma ação na justiça, questionando a competência do licenciamento e apontou que o Estudo do Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) teriam sido feitos em desacordo com as resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Em 2002, o Ministério Público Federal já havia ganho uma liminar suspendendo os trabalhos pelo mesmo motivo. Para o juiz, o licenciamento deve ser feito pelo Ibama, já que a realização do projeto colocaria em risco parte da floresta nacional de Canela, que é uma unidade de conservação federal. Desde que surgiu a idéia da construção do aeroporto, em 1989, vários empecilhos surgiram para que a obra não se realizasse. Em 1990 foi definido o local para ser construído o aeroporto e o então prefeito José Velinho Pinto decretou o espaço entre as cidades de Canela e São Francisco de Paula como espaço de utilidade publica. Entre os anos de 1991 e 1995, o projeto não avançou em nenhum aspecto, ficando emperrado na burocracia inerente ao excesso do volume de terraplanagem necessário no bairro Saiqui. No ano de 1996, foram indicadas mais sete áreas para a construção do sonhado aeroporto em Canela. No período entre 1997 e 1999, foi indicada a localidade das Araucárias, mas a área foi considerada inadequada pelo Relatório de Impacto Ambiental (Rima). Um novo local foi escolhido para a construção no ano de 2000, tratava-se da Fazenda do Ipê, no entorno da Floresta Nacional de Canela. Após realizado o Estudo de Impacto Ambiental (EIA – Rima), foi liberada a área para a obra no ano de 2001. O problema então foram os moradores do local, que teriam suas terras desapropriadas, realizando até uma audiência publica por este motivo. No ano de 2002 ocorreram mais audiências públicas promovidas por moradores e o Ibama, em convênio com a Fepam, autorizou a construção na Fazenda do Ipê, com exigências. Foi licitada a empresa que começaria a obra e expedida a Licença Prévia neste mesmo ano. Em 2003, o Ministério Público Federal de Caxias do Sul entrou com uma ação cível na 1ª Vara Cível Federal, que suspendeu o efeito da Licença Prévia até se decidir qual o órgão (Ibama ou Fepam) poderia licenciar a área. No mesmo período, houve uma troca de funcionários do Ibama em função ao novo governo federal. Uma reunião entre Fepam, Ibama e a Procuradoria Geral do Estado conseguiu trinta dias para anular a ação do Ministério Público Federal; isto aconteceu durante o ano de 2004. Nos anos seguintes, de 2005 e 2006, a Ação Cível ficou emperrada, ameaçando que o projeto não saísse. O secretário de Turismo, Esporte e Lazer, Luiz Augusto Lara, tentou para a cidade de Nova Petrópolis a construção do aeroporto no ano de 2007. No dia 17 de janeiro de 2008, a Justiça Federal de Caxias do Sul proíbiu as obras até que seja emitida pelo Ibama uma sentença e que estudos no local atendam as resoluções do Conama.
Vila Oliva, um distrito de Caxias do Sul, que possui cerca de 1.300 habitantes, é, segundo os órgãos técnicos, o melhor local em toda a região para o novo aeroporto. O local, que já tem o estudo topográfico concluído, fica em uma área de 324 hectares, a 34 km do centro de Caxias do Sul, 6 km do centro do vilarejo, 12 km da Rota do Sol e a 20 km de Gramado. A proximidade de Gramado com o novo local, é outro aspecto positivo. Para chegar lá, é necessário seguir a estrada de Mato Queimado, passando pela ponte do Raposo, ponte esta que é a divisa entre Gramado e Caxias do Sul. Neste trajeto faltam apenas 10 km de estrada a serem asfaltados. Vila Oliva tem como principal renda a plantação de maçã. Na área onde poderá ser construído o aeroporto, hoje é plantado milho, alho e maçã. O projeto prevê uma pista de 3.000 metros de comprimento e 45 metros largura, com cabeceiras de 1.500 metros. A expectativa é de receber até o enorme Boeing 747, totalizando cerca de 600 mil passageiros por ano, em comparação ao atual aeroporto de Caxias do Sul, que teve fluxo de 142 mil passageiros no ano de 2006. Para o subprefeito de Vila Oliva, Nelson Marcarini, a área escolhida é o melhor local para o empreendimento regional, e os proprietários das terras aceitam a desapropriação. O subprefeito acredita que, com a construção do aeroporto, haverá crescimento e fortalecimento do distrito. “O aeroporto trará desenvolvimento, emprego e renda”, conclui Marcarini.
Aeroporto Regional
O Ministro da Defesa, Nelson Jobim, confirmou sua participação em debate regional para discutir a implantação de um novo aeroporto regional para a Serra Gaúcha. O debate deverá ocorrer no dia 22 de fevereiro. A confirmação foi dada no dia 8 de Janeiro, durante a visita da comitiva da Festa Nacional da Uva ao ministro. Jobim deverá participar de reunião almoço na CIC de Caxias.

Plano Diretor de Caxias do Sul: Mapa Anexo 6 - Zona de Expansão e Zona Especial do Novo Aeroporto

Definida a localização de novo aeroporto internacional

Caxias do Sul (RS), 21 de Dezembro de 2006 - Com capacidade para receber aviões do tipo 747, o terminal atenderá o nordeste do estado. O governo gaúcho investiu cerca de R$ 60 mil num estudo para definição do sitio onde deverá ser construído o novo aeroporto de Caxias do Sul, na serra gaúcha. O local escolhido é uma área de 424 hectares na Vila Oliva, distante 20 quilômetros do centro da cidade.
De categoria internacional e capacidade para realizar operações com as aeronaves do tipo 747, o projeto atenderá a demanda de passageiros e de carga de toda região nordeste do estado. De acordo com o diretor do Departamento Aeroviário do Rio Grande do Sul, Fernando Bizarro, a obra ainda não tem data certa para ser iniciada. Com a experiência que tem no setor, ele estima que o investimento será da ordem de R$ 80 milhões.
"Este é um valor de referência, pois não temos elementos precisos de como será a infra-estrutura deste aeroporto", ressalta Bizarro, acrescentando que a pista terá um eixo de seis quilômetros. "Nós concluímos a primeira etapa do estudo, que foi a definição de uma área. Analisamos quatro áreas: além de Vila Oliva teve uma em Farroupilha e duas na cidade de Flores da Cunha", conta o diretor, lembrando que a segunda fase, que trata do levantamento e impacto ambiental, ficará com a equipe que irá administrar o Rio Grande do Sul a partir de 2007, disse ele, referindo-se a governadora eleita Yeda Crusius.
De acordo com Bizarro, a necessidade de um novo aeroporto de grande porte no Estado apareceu no "Estudo de Desenvolvimento Regional e Logística de Transporte - Rumos 2015", encomendado à secretaria de Planejamento. "O atual aeroporto Salgado Filho, de Porto Alegre possui algumas limitações para ampliações. Uma delas é a remoção de um bairro inteiro próximo", comenta o diretor do Departamento Aeroviário do Estado. "Sem contar as restrições para o transporte de cargas", acrescenta.
O Rumos 2015, conforme Bizarro aponta que a participação do PIB da região nordeste no PIB gaúcho passará dos atuais 9% para 13% em 2015. "Atualmente o transporte de passageiros no aeroporto de Caxias do Sul também está perto do seu ponto limite", comenta o diretor do Departamento Aeroportuário. Ele estima em 200 mil o número total nesse ano e com investimentos na estrutura atual ele pode chegar ao máximo a 400 mil. "Em 2015, esta região deverá movimentar cerca de 800 mil passageiros/ano", diz Bizarro, citando o estudo.
Outra vantagem listada por Bizarro é a possibilidade de operações com vôos charter do exterior chegando diretamente em Caxias do Sul, sem passar por São Paulo ou Porto Alegre. "Certamente, o trade turístico será beneficiado com isso", lembrando que a opção de construção de um aeroporto na cidade de Canela, na região das Hortênsias está parado a quatro anos em virtude de uma ação do Ministério Público Federal. O objetivo era incentivar a visita de turistas do Chile, Argentina e Uruguai, entre outros países do Cone Sul.
O prefeito de Caxias do Sul, José Ivo Sartori, disse ontem que "a conclusão da primeira fase faz parte de um conjunto de outras fases", e que este é um processo que está em um estágio embrionário. "De qualquer forma, pela sua importância, colocamos o projeto no Plano Diretor da cidade", faz questão de ressaltar o prefeito. Nesse ano, a administração municipal investiu R$ 600 mil em diversas obras de infra-estrutura no aeroporto local.
(Gazeta Mercantil/InvestNews - Guilherme Arruda)

CONSENSO NA REUNIÃO SOBRE AEROPORTOS PARA A SERRA GAÚCHA - 22-03-2007

Na audiência pública, realizada hoje (22), em Nova Petrópolis, com a participação de prefeitos e lideranças empresariais das regiões da Uva e Vinho, Hortênsias e Campos de Cima da Serra, foi decidido, por unanimidade, que é mais viável a construção de dois aeroportos. Um em Caxias do Sul, na localidade de Vila Oliva, e outro em Canela, do que a obra de um aeroporto regional em Caxias, que necessitaria de uma estrada de ligação entre as regiões. Conforme o secretário de estado do turismo, esporte e lazer, Luís Augusto Lara, “Caxias precisa de um aeroporto para logística e distribuição dos seus produtos industriais e do setor metal mecânico, que servirá também para o turismo da região da Uva e Vinho, enquanto que na região das Hortênsias, o aeroporto terá o foco primeiro no turismo”. Os resultados da reunião geraram duas ações distintas para cada caso. No caso das Hortênsias será feita uma reunião com a bancada federal gaúcha, de deputados e senadores, juntamente com as chefias do Ministério Público Federal, Ibama e Fepam, buscando um acordo no processo existente. “Nós queremos que o Ministério Público Federal nos indique quais os requisitos que precisam ser preenchidos para um acordo judicial que permita os desembaraços legais”, acrescenta o secretário. No caso do aeroporto de Caxias, será feito o processo inverso. Na próxima semana o secretário Lara estará em Caxias do Sul para que, em conjunto com as prefeituras da região, entidades empresariais e Governo do Estado, seja montada uma força tarefa no sentido de viabilizar todas as licenças para a construção do aeroporto no município.
Secretaria de Estado do Turismo, Esporte e Lazer
Jorn. Luciane Dalbosco – MTB 9820(51) 9984-0071/9131-2515/3288-541522 de março de 2007
Fonte : assessoria de imprensa

CÂMARA MUNICIPAL DE CAXIAS DO SUL E CÂMARA DE INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS DE CAXIAS DO SUL REALIZAM ATIVIDADE DE FORMA CONJUNTA


Legislativo caxiense pretende instalar comissão especial para discutir construção de novo aeroporto

Uma das primeiras propostas a ser apreciada pelos vereadores caxienses, após o recesso parlamentar, é de autoria da Mesa Diretora. O Projeto de Resolução que deve entrar em pauta no dia cinco de fevereiro prevê a instalação de uma Comissão Especial Permanente para discutir a construção de um aeroporto de cargas para a região. O presidente da Câmara Municipal destaca que a intenção é que a comissão inicie os trabalhos já no mês que vem. Elói Frizzo diz que as atividades devem começar com a realização de um seminário, onde vai ser possível fazer a avaliação dos estudos técnicos que apontam as áreas mais viáveis para a instalação do novo aeroporto. Ele ressalta que o objetivo do legislativo caxiense é unir esforços com entidades como a CIC e prefeituras de cidades vizinhas que, também, tem o interesse de que esse projeto saia do papel, vindo a beneficiar e ajudar no desenvolvimento de toda a serra. Para ir a plenário, o Projeto de Resolução precisa do parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final. A proposta precisa, então, passar por duas votações. Áreas localizadas em Vila Oliva, Farroupilha e Flores da Cunha estão sendo cogitadas para a instalação do aeroporto. Para que o projeto seja idealizado, é necessária autorização da ANAC e do Departamento Aeroportuário do Estado. A Câmara realiza na terça, dia oito, a primeira sessão representativa, durante o recesso parlamentar. Como Frizzo está acompanhando a comitiva da Festa da Uva a Brasília, a sessão vai ser presidida pelo primeiro vice-presidente, Zoraido Silva.
Fonte: Rádio Caxias AM

Ministro Nelson Jobim palestra na CIC no dia 22 de fevereiro

Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC - 8/1/2008.
O presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC), Milton Corlatti, e o presidente da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, Edio Elói Frizzo, oficializaram nesta terça-feira (8), em audiência no Ministério da Defesa, convite ao ministro Nelson Jobim para palestrar em uma reunião-almoço da CIC, que será realizada em parceria com o Legislativo caxiense. Jobim confirmou presença no tradicional evento da CIC na data de 22 de fevereiro, às 12h15, um dia após a abertura da Festa da Uva. Corlatti e Frizzo estão em Brasília acompanhando a comitiva oficial da Festa da Uva 2008 que ontem convidou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a abertura do evento. De acordo com Milton Corlatti, além de falar aos empresários na reunião-almoço, o ministro Jobim deve participar, à tarde, no auditório da entidade, de um encontro promovido pela CIC e Câmara de Vereadores com lideranças empresariais e políticas da Região da Serra gaúcha para tratar do novo aeroporto regional. Para esta reunião também serão convidados o presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, e representantes do Departamento Aeroportuário do Estado.

Jobim virá a Caxias para discutir implantação do novo aeroporto regional

O Ministro da Defesa, Nelson Jobim, estará em Caxias nos dias 21 e 22 de fevereiro, quando participará de debate sobre a implantação do novo aeroporto na região. A presença de Jobim havia sido previamente acertada ainda em dezembro, durante reunião com o senador Sérgio Zambiazzi e o deputado Pepe Vargas. No dia 21 o ministro participa da abertura da Festa da Uva e na manhã do dia 22 visitará as empresas Agrale (fabricante dos veículos militares Marruá) e Marcopolo. Às 11h30min Jobim estará presente na reunião almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC). Às 14h, na Câmara de Vereadores de Caxias, Jobim debate com lideranças regionais as questões que envolvem a construção de um novo aeroporto regional para a Serra Gaúcha.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

CICs REUNIDAS EM PROL DO AEROPORTO REGIONAL

Uma iniciativa do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves, presidido por Ademar Petry, reuniu no município, em reunião realizada segunda-feira (28), CICs de cinco cidades da Região para debater com o deputado Federal Pepe Vargas (PT-RS) a construção do Aeroporto Regional da Serra Gaúcha. Participaram do encontro o presidente do CIC de Garibaldi, Isauro Sartori, da ACI de Carlos Barbosa, Marcos Antônio Rigo, da CIC de Nova Prata, Edson Vinícius Morello, da CICS de Farroupilha, Nádia Grasselli e o vice-presidente da área de Comércio da CIC de Caxias do Sul, Nelson Fábio Sbabo. Durante quase duas horas, dirigentes dos centros empresariais apresentaram ao Deputado proposições que defendessem a construção de um aeroporto que contemplasse os interesses regionais, destacando não somente o turismo, mas também o transporte de cargas, uma vez que as empresas moveleiras, vinícolas e de outros ramos que trabalham com exportação precisam deslocar seus produtos a Porto Alegre e São Paulo para enviá-los ao exterior. "Em momento algum queremos interferir ou desmerecer a construção de um aeroporto na Região das Hortênsias, até porque o propósito deles é específico (turismo), enquanto nós teremos que agregar a questão dos negócios e do transporte de cargas", enfatizou Petry, que complementou: "Além disso, sabemos que o Aeroporto Regional de Caxias do Sul está com a capacidade de ampliação de certa forma esgotada e não tem como agregar a parte de cargas, tão necessária aos nossos empresários. Temos também o item custo, que poderá ser negociado levando em consideração que diminuirá a incidência sobre o transporte rodoviário. Poderemos ainda receber produtos e passageiros de outras cidades e regiões próximas, uma vez que Porto Alegre também está com sua capacidade praticamente esgotada". Vargas concordou com as colocações de Petry afirmando que todos os indicadores demonstram que, com o atual cenário econômico, deverá aumentar a demanda por transporte aéreo, seja de passageiros, seja de cargas. "A infra-estrutura aeroportuária do Rio Grande do Sul apresenta claros sinais de esgotamento. As obras do Aeroporto Internacional Salgado Filho, por exemplo, nem bem foram concluídas, já se ouve falar em ampliação no terminal de passageiros. Isto é apenas para contextualizar que o principal aeroporto do Estado já demonstra sinais de esgotamento e nós precisamos de um segundo aeroporto no Rio Grande do Sul, bem localizado e com capacidade de atender grandes necessidades", comentou. O Deputado, que faz parte da CPI do Apagão Aéreo, disse aos participantes que, no Relatório Final da CPI foi incluído um item informando a necessidade da construção deste segundo aeroporto com a participação de investimentos federais. Segundo ele, entre os argumentos estavam o esgotamento dos horários de pico no Salgado Filho e a potência econômica da Região.No próximo dia 22 de fevereiro, em Audiência Pública a ser realizada em Caxias do Sul com a participação do Ministro da Defesa, Nelson Jobim, os CICs da Região, incluindo ainda a ACI de Veranópolis, deverão entregar um documento com reivindicações acerca da construção do Aeroporto Regional da Serra Gaúcha.
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